Nas últimas semanas foram anunciadas as especificações técnicas do Project Scorpio, novo projeto da Microsoft, e alguns dias atrás ainda foi mostrado o kit de desenvolvimento de jogos do futuro novo integrante da família Xbox One, que já conta com Xbox One e Xbox One S. Publicamos ainda um texto em nossa coluna SpecialSpace onde mostramos toda a expectativa criado em torno do famoso projeto.

O novo console chega com a promessa de ser o videogame mais poderoso já feito, tanto que ele conta com componentes que batem de frente com qualquer PC gamer montado com as melhores peças disponíveis, e tudo isso a um preço bem mais em conta (será?), por se tratar de um console.

Tal preparo já havia sido feito no início da atual geração de games: tanto PS4 quanto XOne chegaram com um hardware bem avançado para a época, trazendo gráficos incríveis e que pareciam difíceis de serem superados, e mesmo assim, fomos presenteados com versões mais potentes, que suportam resoluções 4K por exemplo.

Na contra mão do mercado, a Nintendo trouxe em seu Switch um conjunto de hardware que não aparenta ser tão potente para rivalizar com os outros dois, entretanto, trouxe mais inovações no modo de jogar e a promessa de games fantásticos.

Isso nos trás duas grandes dúvidas: será que estamos próximos do ápice de qualidade gráfica? Os gráficos realmente são mais importantes do que a jogabilidade e diversão oferecida por um game?

Games já lançados, como Horizon: Zero Dawn, contam com uma qualidade gráfica perto do perfeito: em uma TV compatível com 4K, é extremamente difícil achar falhas gráficas. É difícil de imaginar que ainda há espaço para uma evolução, talvez logo poderemos interagir com um game onde fica difícil diferenciar gráficos de computador com realidade… entretanto, em seu gameplay, fica um pouco aparente a ideia de mais do mesmo, uma vez que suas batalhas não tem algo muito diferente do já datado Tomb Raider por exemplo, apesar da temática diferenciada.

Ao que parece, os jogos encontraram uma forma básica, que todos devem seguir, diferenciando apenas o visual. Tanto que a Naughty Dog já deixou claro que deseja superar os gráficos de Horizon em seu próximo game. Muitos ficam contentes com isso e acham maravilhoso, o que não é problema algum, mas muitos outros ainda sentem falta de inovações, de jogatinas diferenciadas e divertidas, de sentir a mesma sensação de ligar pela primeira vez seu Super Mario World. Acho que não é necessário abrir mão de excelentes gráficos, mas poderiam criar um jogo diferenciado em sua jogabilidade, e ainda assim com gráficos bonitos. Porém apenas um grande jogo com gráficos bem abaixo de sucesso, fará as empresas perceberem que estão deixando de lado o principal motivo que alguém joga, a diversão.

E é justamente o que esperamos da Nintendo, e que acabe incentivando as outras empresas. A gigante japonesa já provou que é capaz de mudar seus jogos de modo que eles nunca vão perder a graça. Recentemente fizeram algo muito bom para smartphones com Super Mario Run, e nós do GamerSpace escrevemos sobre o game e enaltecemos suas qualidades, onde temos gráficos simples, jogabilidade mais simples ainda (só é possível dar um toque na tela), e ainda é possível se divertir muito com o jogo. A Big N já anunciou novos games para o Switch, como Mario Odissey, do qual podemos esperar muito. A Sony também trouxe algo bem diferenciado com Tearaway anos atrás, apresentado para o PS Vita e depois portado para o poderoso PlayStation 4, onde é possível utilizar diversos modos de jogar como o led dos controles, telas touch e sensores de posicionamento. Tudo com um gráfico bem cartunesco e simples.

Com o já esperado lançamento do Scorpio, logo a Sony tomará uma iniciativa para enfrentá-lo, e talvez a melhor saída seria não focar tanto em gráficos exuberantes, e sim trazer algo diferente, simples, mas que cative a todos os públicos para sua plataforma.

Vale lembrar que jogos indies, com gráficos até mesmo em 8 ou 16 bits, ao melhor estilo retrô, fazem grande sucesso, e acredito que jogos como Stealth Inc. são até mais divertidos do que Uncharted 4: A Thief’s End, que apesar de ser um sucesso com mais de 8 milhões de cópias vendidas, não são todos que agradam.

Uma mudança de mentalidade no desenvolvimento dos games pode trazer de volta aos consoles gamers que hoje estão focados em smartphones, que tem crescido cada vez mais com jogos extremamente simples, porém cativantes, tendo jogos que na minha opinião são muito mais divertidos e excluem a necessidade de um console de mesa ou portátil, como Rayman Jungle Run, Lara Croft Go, Smashing The Battle e jogos AAA como Implosion.

Esse possível retorno só se dará com algo extremamente divertido e de baixo custo, logo a necessidade de não ter gráficos tão exuberantes. Logo teremos o retorno de Crash aos consoles da Sony, e isso pode marcar uma nova fase para a empresa, com franquias de sucesso de uma época em que nem tudo girava em torno do visual e era muito mais divertido passar horas jogando.

Mas e aí, nos conte a sua opinião nessa disputa gráfico vs diversão, algum deles deve ser priorizado em um jogo de sucesso? Ou é possível ter os dois em um ótimo game?

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Julio Cesar Angelo
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