“Para o consumidor, o Xbox Game Pass é fantástico. Para o varejo, ele simplesmente nos mata de maneira direta” – Comentário de um varejista britânico, dizendo que não vai mais comecializar o XBOX após a Microsoft anunciar a inclusão de seus jogos exclusivos no sistema de assinatura Xbox Game Pass no dia do lançamento.

Em plena revolução digital, lojista alegando que não ganha mais nada após a da venda do console, dizendo que isso é péssimo para seus planos de negocio, soa no mínimo estranho, uma vez que ele vende aparelhos de Tv, smartphones, tablets, notebooks e sistemas de som e, ninguém retorna para comprar filmes e séries (Netflix),  joguinhos e aplicativos (Playstore ou AppStore), ou musica (Spotify). Todos o itens citados, eram mídias palpáveis a alguns anos atrás e hoje não precisamos sequer, nos deslocar à uma loja para obtê-los. Sim, ainda existe o público que gosta deles em formato físico, para colecionar e expor em suas estantes.

Hoje temos essa facilidade de num só clique, adquirir e usufruir dos mais diversos serviços (Uber e Ifood), de forma fácil e descomplicada, mesmo que isso gere revolta naqueles que ainda trabalham no formato antigo de prestação de serviço e comércio, a tendência é essa, pois essa “evolução” do consumo reduz custos ao cliente e por consequência, aumenta a lucratividade de quem se propõe a praticar o comércio eletrônico digital.

Voltando aos games, sinceramente vejo a inclusão dos lançamentos no Game Pass, a oportunidade de experimentar e talvez até terminar um jogo, durante os 30 dias da assinatura. Lembrando que a mesma custa R$29,90 e um jogo em seu lançamento custa em média R$250,00… Beleza, se eu gostar do jogo ou quiser ter ele permanentemente na minha biblioteca, o comprarei, porém se não me agradar ou não me motivar a jogá-lo por mais tempo, não vou ter gasto um pouco mais do que, o valor de um Mc Lanche Feliz e ainda vou ter a minha disposição, mais de 100 jogos.

Aposto que em breve a Sony não vai querer ficar para trás e também deve desenvolver um sistema de assinatura parecido com o Xbox Game Pass, visto que o formato atual de sua PS Now, é através de streaming e requer uma internet de velocidade inimaginável para a realidade do brasileiro, para jogar no PC, tanto, que nem existe no Brasil. A Microsoft já respondeu a essa reação ao site GamesIndustry.biz , através de um porta voz, mencionando que o Game Pass foi “abraçado” por outras grandes redes varejistas, e que quem está reclamando é apenas uma “minoria“.

“Na verdade, ficamos surpreendidos com a amplitude da demanda dos varejistas até agora, e estamos considerando, se, e como vamos ampliar nossos planos de distribuição. Agradecemos pelos comentários sobre os nossos planos e continuaremos a evoluir os nossos planos, conforme apropriado … Temos uma longa história em parceria com lojas menores em todo o mundo e continuamos a acreditar que elas desempenham um papel único e valioso no ecossistema “  – Disse o porta-voz da empresa.

Desde que foi lançado, o Game Pass mudou de forma drástica, o formato de “aluguel” de jogos, superando o ótimo EA Access na quantidade de títulos disponibilizados, porém alguns veículos da mídia especializada questionaram a qualidade dos jogos oferecidos por estarem “datados” demais. Essa guinada, representa o foco cada vez maior da Microsoft em mídias digitais, serviços e nuvem. No começo desta semana a empresa anunciou a compra da companhia PlayFab, que pode significar o primeiro passo para a criação de um serviço de streaming de games do Xbox, para Smartphones, Tablets e PC.

De certa forma, é ótimo ver que a Microsoft está confiante. O futuro do Xbox Game Pass neste novo formato poderá ser escrito a partir do dia 20 de Março, onde teremos o primeiro teste, com a chegada de Sea of Thieves. Enquanto isso, esses varejistas reclamões, deveriam se preocupar com redes de supermercados vendendo exclusivos por preços mais em conta e lojas online quebrando os embargos de data de lançamento, sem contar com o comércio informal de contas e jogos, em sites como o Mercado Livre por um preço bem mais baixo.

É meus amigos, são tantos os fatores que estressam os vendedores que se eles não acompanharem o ritmo, acabarão como os datilógrafos e locadoras de fitas VHS… Extintos. É a revolução digital, querendo ou não, quem ganha é o consumidor. Infelizmente o varejo convencional tem que se adaptar a isso.

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