Quando Grant Collier e Vince Zampella desenvolveram a franquia “Call of Duty” pelo seu estúdio, Infinity Ward no começo dos anos 2000, logo a poderosa Activision, que já possuía 30% do estúdio, comprou o restante dos ativos, se tornado a principal detentora dos seu direitos. Depois de problemas em receber os pagamentos referentes ao mega sucesso Call of Duty: Modern Warfare 2, os futuros fundadores da Respawn Entertainment, foram despedidos em 2010 pela própria Activision. No mesmo ano, os dois ex-chefes da Infinity Ward revelaram seu planos para a criação de um novo estúdio, em parceria com a EA: a Respawn Entertainment, transmitindo uma mensagem muito clara à seus antigos patrões (“respawn”, em Inglês, significa “reaparecer”, e é uma palavra usada em jogos de FPS, no modo multiplayer, quando um dos personagens morre e renasce em outro lugar do mapa). Desenvolveram Titanfall, um game que dizem as línguas mais afiadas por aí, que é tudo que Call of Duty queria ser (claramente o pessoal sempre compara Titanfall com os jogos mais recentes da franquia, com a temática de guerra futurística.), um game que envolve combate frenético entre robôs e soldados e foi lançado como título exclusivo para o Xbox One em 2013, na época do lançamento do console.

Jason West, Grant Collier e Vince Zampella: As mentes por trás da franquia Call of Duty

Tudo dando certo no estúdio, que viu bastante potencial em seu “shooter” e logo lançaram Titanfall 2 em 2016, desta vez multiplataforma, esperando alcançar um sucesso comercial fabuloso… O que não aconteceu, pois lançaram o jogo entre a chegada de mais um Call of Duty (Infinite Warfare) da concorrente Activision e o novo jogo da franquia de FPS (First Person Shooter ) de sua própria parceira Eletronic Arts, o tão aclamado Batllefield 1.

Titanfall 2 se viu prejudicado pela a “estratégia” de seu lançamento.

Enfim, fomos surpreendidos com a notícia que a Electronic Arts fez a aquisição da desenvolvedora Respawn Entertainment. Parece que nem mesmo o desempenho comercial lento do Titanfall 2, não prejudicou a opinião da editora sobre o potencial da desenvolvedora de fazer bons jogos, e que o estúdio atualmente, já trabalha em um novo Titanfall, além de uma experiência para Realidade Virtual e um jogo de ação de Star Wars, liderado pelo diretor criativo de God of War 3, Stig Asmussen.
“Nós vimos em primeira mão o calibre de classe mundial da Respawn como um estúdio de desenvolvimento com visão incrível, talento profundo e uma mentalidade criativa inspiradora. Nossa parceria de longa data baseia-se em um desejo compartilhado de impulsionar os limites e oferecer experiências novas extraordinárias e inovadoras para jogadores de todo o mundo. Juntos, trouxemos isso para a vida na franquia Titanfall, e agora, com a equipe da Respawn juntando-se à EA, temos planos emocionantes para realizar coisas ainda mais surpreendentes no futuro”. – Comentou o diretor executivo da Electronic Arts, Andrew Wilson.

Titanfall é inevitavelmente comparado aos jogos recentes da franquia Call of Duty.

A Electronic Arts pagará a bagatela de US $ 151 milhões em dinheiro antecipadamente, US $ 164 milhões em estoque de longo prazo para funcionários em quatro anos e bônus adicionais por até US $ 140 milhões, dependendo da realização de marcos de desempenho não divulgados até o final do ano fiscal de 2022.

Um novo game de Titanfall já está em desenvolvimento.

“Começamos a Respawn com o objetivo de criar um estúdio com alguns dos melhores talentos da indústria e ser um dos principais desenvolvedores de jogos inovadores. Sentimos que agora era o momento de se juntar a um líder da indústria que traz os recursos e o apoio que precisamos para o sucesso a longo prazo, enquanto ainda mantém nossa cultura e liberdade criativa. EA tem sido um grande parceiro ao longo dos anos com Titanfall e Titanfall 2, e estamos entusiasmados em combinar nossos pontos fortes. Este é um excelente passo para Respawn, EA e nossos jogadores”. – Disse Vince Zampella, o diretor executivo e um dos criadores da Respawn Entertainment, sobre o negócio envolvendo a venda de seu estúdio para a EA. Fica a grande pergunta, será que mais tarde a EA não vai fazer com a Respawn, a mesma coisa que fez com a Visceral Games? Que foi encampada e poucos anos depois foi fechada… Só o tempo e a qualidade dos games dirá, por enquanto só sabemos que a história se repete: Criam um estúdio, fazem um jogo de sucesso e vendem o estúdio.

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