A massificação da Internet veio a alterar a forma como consumimos os jogos. Na década de 90 e início de 2000, se quiséssemos conhecer um jogo era necessário comprá-lo ou pedi-lo emprestado a um amigo, mas a massificação da Internet e a chegada das plataformas de compartilhamento de vídeo como o Youtube vieram quebrar as regras do passado.

Agora, se quisermos conhecer um jogo do princípio ao fim, encontramos facilmente dezenas de gameplays no Youtube. É por isso que Amy Hennig, a escritora e diretora dos três primeiros Uncharted, questiona se as pessoas ainda compram jogos single-player.

Disse ela:

“Existe agora esta moda em que as pessoas protestam e dizem, porque razão estão cancelando um jogo linear com história? Este é tipo de jogo que queremos. No entanto, as pessoas não estão necessariamente a comprá-los. Eles estão vendo outras pessoas jogá-los online”

As palavras de Amy Hennig aparecem num artigo do Polygon, que coloca Hennig e Sean Vanaman, fundador do estúdio de Firewatch, a conversarem sobre o estado da indústria dos jogos. Sean Vanaman adianta que venderam milhões de cópias de Firewatch, no entanto, reconhece que milhões de unidades pode não ser suficiente para um jogo de grande escala, como por exemplo, Tomb Raider, que tem custos de desenvolvimento mais elevados.

Mais adiante na conversa, Amy Hennig volta a dizer:

“As pessoas com as quais contamos que comprem os nossos jogos – se criarmos uma experiência linear de história que custe $60 – parece que muitas delas preferem ver outra pessoa a jogar.”

Discordando, Vanaman retrucou:

“Discordo. Acredito que a audiência é tão massiva que não faz mal. Oferecemos 3500 a 4500 cópias de Firewatch a streamers e youtubers. Independentemente, vai aparecer nos streams. Temos a opinião de que existem tantos potenciais consumidores, dezenas e dezenas de milhões de potenciais consumidores, que a melhor coisa que podemos fazer para o jogo é levar o maior número de pessoas a acreditarem que é excelente e o mais divertido possível. O mais difícil de fazer neste negócio é levar alguém a conhecer o seu jogo. É mais difícil do que fazer o jogo. É mais difícil do que terminar o jogo. É mais difícil do que corrigir erros,” finalizou Sean Vanaman, contra-argumentado o que foi dito por Hennig.

Na sua opinião, amigo leitor, os jogos single-player estão com os dias contados? Nós do GamerSpace discordamos!

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