Anteriormente concebido como exclusivo do PS4, ainda na Gamescon de 2013, Rime foi lançado no mês de maio de 2017 para PC, PS4 e Xbox One, trazendo uma nova inspiração para aqueles que gostam de games com forte apelo emocional, a exemplo de ICO, Journey e The Last Guardian.

Desenvolvido pela Tequila Works e distribuído pela Grey Box, o game coloca o jogador no papel de um garoto que acorda na praia de uma ilha ainda desconhecida, após uma forte tempestade.

A partir daí o garoto segue rumo a um destino ainda desconhecido. A narrativa do game se traduz nos detalhes e na grandiosidade do cenário, na iluminação e na trilha sonora muito bem elaborada. Conforme o personagem avança passamos a compreender, assim como em Journey, que lhe serviu de inspiração, que se trata de uma verdadeira jornada pela qual o personagem deve passar e pela qual a história é contada, apesar de ser menos linear e mais interativo que o game que o inspirou.

Durante o percurso o garoto encontra alguns personagens que serão essenciais à conclusão de sua jornada e fazem parte do universo misterioso que o game nos coloca.

Rime é um game que tem como base do seu gameplay elementos de exploração associados a inúmeros puzzles, que servem de pretexto para contar, ainda que de forma bastante subliminar, o motivo pelo qual o personagem se encontra naquela ilha.

Embora numerosos, os puzzles são bastante intuitivos e oferecem um desafio satisfatório, deixando claro que os desenvolvedores evitaram frustrar o jogador com quebra-cabeças muito complexos. A ilha também é totalmente explorável, tendo inclusive alguns objetos que devem ser encontrados, desbloqueando roupas e outros itens no jogo, o que pode estender o fator replay.

Ainda sobre o gameplay, durante vários momentos percebe-se uma queda de frames, o que pode tornar a experiência de jogo um pouco desconfortável aos mais exigentes, mas sem tirar o brilho dos demais aspectos positivos do game. Em geral, o gameplay é bastante intuitivo e agradável, pois o jogo sempre, de alguma forma, indicará caminho a ser percorrido, apesar de não ser um jogo linear. Confira uma amostra do gameplay abaixo:

Os gráficos apesar de não tão complexos, proporcionam cenários vastos, grandiosos e extremamente coloridos. Existe uma transição do dia para a noite, com especial cuidado com os efeitos de iluminação: prepare-se para correr à luz de um belíssimo entardecer ou sob as estrelas à luz do luar. O contraste entre as estruturas de pedra, junto com o azul do céu e do mar ao fundo do cenário é extremamente agradável.

Além do mais, o game possui uma surpreendente variedade de cenários, levando o jogador para dentro de estruturas da ilha, cenários com muita vegetação, com chuva e até mesmo no fundo do mar. Muitas vezes o colorido dará lugar a cenários escuros e estéreis.

Mas é na narrativa que Rime tem seu ponto forte, pois, como já citado, tem um forte apelo emocional e subjetivo, dando dicas ao jogador do que realmente aconteceu durante o gameplay, que pode ultrapassar seis horas de jogo, se o jogador resolver se aventurar por cada canto da ilha.

A história é contada através do próprio cenário, dos elementos visuais e da própria trilha sonora. Aliás, a trilha sonora, composta por David Garcia, amolda-se perfeitamente aos diversos momentos do jogo, trazendo atmosfera compatível com o cenário e revelando os sentimentos que o jogo nos procura trazer, demonstrando a excelente direção de arte de Rime.

Rime, portanto, tem seu lugar ao lado de jogos como Journey, Ico e Last Guardian, que são verdadeiras obras de arte interativas, que pretendem trazer o jogador para dentro de seu universo, sempre com algum tipo de mensagem que pode ser compreendida de várias formas por pessoas diferentes.

Não é redundante dizer que Rime é uma jornada emocionante, uma celebração à vida e nos traz a mensagem de que, no final das contas, devemos aceitar as coisas como elas são.

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