A Organização Mundial de Saúde passou uma década a monitorizar os hábitos em torno dos videogames e após 6 meses a deliberar, decidiu seguir em frente e considerar o vício pelos jogos como uma doença. Na sua mais recente revisão à Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, a OMS decidiu incluir o “Vício pelos Videogames” como uma doença, tal como os jogos de sorte.

Esta Classificação da OMS classifica doenças e distúrbios para propósitos como pesquisa epidemiológica, gestão de cuidados de saúde e tratamento clínico – existe um capítulo para “distúrbios mentais, comportamentais ou neuro-desenvolvidos”, onde os videogames foram colocados.

Segundo explica a Organização Mundial de Saúde, um distúrbio é um “padrão de persistente ou recorrente comportamento gaming (seja digital ou simplesmente nos videogames) e pode ser online ou offline. Alguém que joga compulsivamente e revela uma “crescente prioridade para os jogos ao ponto de receber prioridade sobre outros interesses da vida ou atividades diárias.”

“A continuação ou aumento da atividade em torno dos jogos apesar da ocorrência de consequências negativas” é outra das informações apresentadas pela organização neste distúrbio relacionado com os videogames.

Vários representantes da indústria dos jogos juntaram-se e apresentaram um comunicado, via Polygon, no qual pedem à estimada organização para mudar a sua classificação pois acreditam que não existem provas suficientemente robustas para justificar a inclusão deste distúrbio numa das suas mais importantes ferramentas. A Entertainment Software Association já tinha apelado à OMS para não inclui “vício pelos jogos” na sua mais recente classificação pois “trivializa verdadeiros problemas mentais como depressão e distúrbio de ansiedade social”.

Segundo relatado pelo Polygon, países como a China e Coreia há muito que lutam pela inclusão do “vício pelos videogames” na lista de doenças oficialmente reconhecidas pela OMS, após anos a tentar combater o vício de adolescentes através de leis e normas.

A Organização Mundial de Saúde nega ter sido pressionada por questões políticas e a sua classificação não é uma lei, mas é um suporte muito forte para os profissionais de saúde e políticos.

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